Nesta terça-feira (2), a Diretora Geral do Demsur, Maria da Consolação, passou pela sabatina na Câmara Municipal. Este é um procedimento previsto na Lei de criação da autarquia, que determina que a pessoa indicada pelo Prefeito para o cargo seja aprovada pelos vereadores. Durante a reunião, Consola fez uma apresentação geral sobre o Demsur, contemplando suas três diretorias setorizadas – Administrativa, Limpeza Urbana e Água e Esgoto. A diretora apresentou em detalhes o panorama financeiro que se encontra a autarquia hoje e falou sobre a inadimplência que está na ordem de quase R$4 milhões, isso em virtude da interrupção de cortes de água por falta de pagamento ocorrido durante o período da pandemia. Além disso, Consola mostrou que durante todo o ano de 2020 as despesas do Demsur consumiram todas as receitas. No demonstrativo, esclareceu que no ano passado a receita foi de quase R$50 milhões. As despesas, quase R$51 milhões, com cerca de R$ 4,5 milhões de pagamentos a serem feitos (restos a pagar). “É uma situação preocupante. Precisamos fazer um caixa para termos condições de realizar as obras que a nossa cidade precisa. Mas, o que encontramos é um financeiro comprometido e uma inadimplência altíssima, por isso já enxugamos a folha de pagamento em mais de R$200 mil, de forma imediata. A nossa meta é estabelecer ações que recuperem a saúde financeira do Demsur para que possamos atender com agilidade e qualidade a população”, afirmou a diretora. Consola mostrou que neste primeiro mês o trabalho foi constante e incansável. “Antes mesmo de chegarmos na Prefeitura, tivemos que dar suporte a população das comunidades de Patrimônio dos Carneiros e São João do Glória que sofreram com as fortes chuvas que caíram no sábado, dia 1° de janeiro. Ainda, atendendo a comunidade, sequencialmente passamos pelas enchentes aqui em Muriaé. ” Consola esclareceu que deparar com um cenário com contratos vencidos, déficit de máquinas, caminhões e equipes dificultou um atendimento emergencial mais rápido, mas que todos os esforços foram empregados para que a população não ficasse desassistida. A Diretora falou ainda sobre a importância de recuperar o Aterro Sanitário Municipal, que está com as atividades suspensas em virtude de problemas técnicos e licença ambiental vencida desde o início do ano passado. Essa situação gera um custo mensal de R$319 mil a autarquia, além de morosidade da coleta de lixo e desgaste de caminhões que precisam viajar todos os dias até Leopoldina (região de Recreio) para levar o lixo para o aterro contratado. “Apesar da complexidade do projeto, que depende de inúmeras e diferentes licenças ambientais, esta é uma prioridade nossa. Prova disso, é que em 30 dias conseguimos dar andamento a etapas burocráticas que estavam paradas a mais de 2 anos. O projeto está pronto e em fase de licitação de insumos e materiais para execução”. Por fim, falou sobre a importância de fortalecer e ampliar a coleta seletiva do lixo em Muriaé, as previsões de ampliação do tratamento de esgoto e também de água potável no município. Maria aproveitou a oportunidade para firmar seu compromisso com a população: “o nosso ideal é que água tratada, saneamento básico, ruas limpas e respeito ao meio ambiente seja uma realidade de todos. ” Aclamada pelos vereadores, a Diretora Geral, Maria da Consolação teve o reconhecimento por sua atuação nesses 30 dias, que mostrou um perfil acessível, administrando a autarquia de portas abertas para atendimento à população, seus representantes e aos servidores.
Muriaé